Quais são as características da epilepsia?

A epilepsia ocorre devido a descargas elétricas anômalas que ocorrem no cérebro, que podem ser generalizadas ou focais. Com isso, as pessoas podem apresentar contrações musculares, movimentos involuntários, perda da consciência, confusão mental, crises de ausência e ainda outros sintomas focais como espasmos e contrações focais, flashes de luzes momentâneos, etc.

Como perceber o surgimento dela?

Ocorrendo algum dos sintomas acima descritos o paciente deverá procurar um neurologista para que diagnósticos diferenciais possam ser excluídos. As crises podem ter origem genética, idiopática (quando não se conhece a origem) e secundária a várias outras patologias como tumores, AVCs, traumatismos cranianos etc. Um exame de imagem sempre deverá ser solicitado para investigação destas causas.

Que cuidados as pessoas devem ter com portadores da epilepsia?

Os portadores de epilepsia não devem exercer funções que os coloquem em risco caso alguma crise ocorra. Por exemplo, situações relacionadas a alturas elevadas em que haja risco de queda, permanência em piscina ou no mar sozinhos, esportes radicais, e até mesmo direção de veículos devem ser evitados.

As crises convulsivas podem ser desencadeadas por stress, álcool, períodos de jejum e noites mal dormidas. Portanto, estes fatores devem ser evitados.

Que medidas devem ser tomadas durante uma crise?

Primeiramente manter a calma é fundamental para que se possa auxiliar da melhor forma o paciente em crise. O mesmo deve ser acomodado em local sem objetos que possam lhe provocar danos, colocando a cabeça em uma superfície macia, como almofada ou alguma roupa dobrada. O paciente deve ser posto de lado para que o excesso de saliva ou vômito escorra da boca; evitando assim broncoaspiração.

Nunca coloque a mão dentro da boca da vítima.

Se a crise durar 5 min ou mais ou se várias crises ocorrerem sem a recuperação da consciência o paciente deverá ser levado a um pronto socorro.

Existe cura? Como amenizar sintomas e crises?

A cura da epilepsia dependerá da causa da mesma. Algumas crises tendem a melhorar e desaparecer com o passar dos anos. Isso geralmente ocorre quando não há lesões cerebrais graves.

O uso contínuo de anticonvulsivantes é necessário, e em casos refratários deverá ser avaliada possibilidade de cirurgia.